Eu estou fazendo versões animes de pessoas que conheço. E chamei isso de Animenização.
Caso queiram fazer também, tá aqui o link.
http://fc08.deviantart.net/fs70/f/2010/289/5/5/anime_face_maker_2_by_gen8-d30uny4.swf
Agora eu irei postar o nome da pessoa, e sua versão anime.
-Juh (Starju)
Eu vou postando o resto conforme eu for fazendo. Até agora, a Juh é a unica que eu tenho.
*5 minutos depois*
Voltei. E dessa vez com uma ADM.
-Sig (Sigmatos)
-Diego (primo da juh)
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Imagens de HDA
Eu tava vendo o Face, e vi novas imagens iradas pra pôr no blog. Tais como:
-Humanização das princesas:
-Super SayaFinn:
-It's Hallowen Time :
-Humanização das princesas:
-Super SayaFinn:
-It's Hallowen Time :
E por último, mas não menos importante.
Finn, o Mago:
Eu adorei cada uma dessas imagens *-*
By.: ZacPonDuel
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
As Pedras de Elementra. Capítulo 20.
20. “A fuga perfeita”.
E foi nessa hora, que eu vi que eu ia passar mais um tempão neste maldito
covil, que, agora, eu desejo nunca ter entrado.
-O quê faremos com ele? – uma das sombras perguntou.
-O quê sempre fazemosssss. – a segunda respondeu com um longo “s”.
As duas sombras deram um passo a frente.
E, como Mariana havia previsto, Snape e Lief estavam bem ali.
-O quê fizeram com nosso mestre? – Lief perguntou.
Ele estava usando uma espécie de armadura.
-Demos um jeito nele. – Adrian respondeu.
-CALABOCA! – Mariana, Blanorcana e eu gritamos para Adrian.
Snape começou a andar até a grande esfera de energia que cobria Richard e
Melody.
Ele murmurou alguma coisa, e depois se virou para mim.
Eu agora tinha percebido que haviam cobras em suas mãos. Na verdade,
haviam cobras circulando quase todo seu corpo.
-O quê esssstá olhando? – ele perguntou rindo. – Gossstou de minhasss
amiguinhas?
-Elas são iguais a você. Feias, burras e escamosas.
Ele correu até mim e me chutou. Lief ficou olhando do mesmo lugar que
estava.
Eu cai com tudo no chão, e fui rolando para longe de Snape. Para minha
sorte, Adrian chegou a tempo e prendeu temporariamente Snape em uma esfera de
água suja.
Me levantei e virei dragão.
Lief estava batendo palmas.
-Bravo. O show de abertura até agora está ótimo. Mas vamos partir logo
para o final. – ele falou pegando sua espada.
Eu o encarei. Depois mudei a direção de meu olhar para Blanorcana e
Mariana, e fiz um sinal para ficarem lá. Elas disseram que sim com a cabeça.
-Porque suas amiguinhas não se juntam a nós? – Lief disse.
O escudo de Adrian se desfez, e Snape saiu rastejando até Lief. Os olhos
de Lief brilhavam.
Antes de qualquer um de nós pudesse fazer qualquer movimento, a esfera
gigantesca metade branca metade negra, tremeu, como em um mini-terremoto.
Adrian aproveitou a situação para atacar Lief com uma rajada de água.
Porém, com um só movimento de espada, Lief cortou a rajada, que caiu sem efeito
no chão.
-O Snape é todo seu. – sugeri.
-É... Pode ser...
Corri até Lief e comecei a tentar socá-lo. Ele se defendia com ataques
ferozes de espada, que mal me acertavam. Snape tentou nos interromper, mas
Adrian foi mais rápido e o chutou contra a parede.
Eu golpeava Lief com ataques divididos entre força-física e bolas de
fogo. Mas, isso deixava minha defesa baixa. A gente lutava loucamente, poucos
segundos depois, eu estava todo cortado.
Mas pelo menos minhas escamas regeneram.
Olhei para Adrian por um segundo, ele não estava se saindo bem. Quando
dirigi os olhos para Lief, ele me deu um chute que me fez cair no chão. Ele
andou até mim, e ameaçou furar a espada bem no meu peito.
Mas, alguma coisa interrompeu. A esfera. Ela começou a tremer de novo, e
com uma energia estranha, jogou todos nós contra paredes. Como se conseguisse
guiar a gravidade.
Me recuperei e consegui me levantar.
A esfera estava maior.
Eu tinha que dar um jeito nisso. Mas... Lief e Snape, vão destruir
Adrian! A não ser que...
-ADRIAN! – gritei.
-Sim? – ele falou se levantando.
-Cuide dos dois. – falei.
Polar apareceu do meu lado.
-Agora estamos começando a nos dar bem.
Peguei a pedra dos ventos. E esperei que ela faça alguma coisa. Nada.
Voei para cima da esfera, e a toquei no teto. Ela começou a girar, me
levando junto, como se fosse uma furadeira. E foi indo até conseguir um buraco
de um tamanho que eu consiga passar.
Do buraco, saia uma enorme quantidade de luz, que me ofuscava. Com os
olhos fechados, pulei dentro do buraco, e congelei.
Era um lugar horrível. Nada se mexia, só a energia da luz e das trevas,
que saiam das duas pedras de Elementra que se chocavam no meio da esfera. Eles
ficavam se batendo e empurrando.
Quando consegui pisar no chão, a pedra do vento brilhou, e fez um escudo
de vento que me permitiu respirar. Eu olhava horrorizado para Melody e Richard.
Se elas se mexerem, pode ser que as duas acabem se matando ao mesmo tempo. Eu
tinha que mudar isso.
Caminhei com dificuldade pela esfera, mas ao passar pelas pedras, a pedra
dos ventos se desativou, e tudo ficou escuro.
Eu ouvia um murmúrio. Uma voz que não era minha, mas era conhecida.
Acorda... Idiota...
Ótimo, agora as vozes do além vão me xingar também?
Tentei ficar calmo, e atirar fogo para clarear a escuridão. Mas, não
consegui me mover.
“O quê está acontecendo?” esse pensamento me consumia.
Eu podia pensar, mas não podia ver, falar, ou me mover. Será que esse é o
poder total das pedras da Luz e Escuridão?
Eu não podia ficar ali para sempre.
Quando eu estava a ponto de desistir, a esfera tremeu novamente. Mas,
quando isso aconteceu, eu vi uma coisa. Uma luz. Pequena, mas era uma luz.
Tentei me mover até ela, e eu consegui. Quando percebi, eu estava dentro
de uma espécie de floresta. Escura e fechada.
“Onde já vi isso antes?”
Comecei a andar. Só havia um caminho a seguir. Eu já estive ali antes,
tenho certeza. Corri, o máximo que podia. Até que cheguei em uma pequena
clareira. Uma parte da floresta com céu aberto.
Havia marcas de fogueira no meio.
“O local é habitado?” perguntei por pensamento.
Mais ao longe, eu via um lago, com águas roxas. Ao olhar para ele, um
sentimento de horror e pavor venho a minha mente. Um sentimento horrível. E de
repente, fui jogado no chão. Como se a gravidade ficasse maior. Mais forte.
Eu sentia passos atrás de mim, mãos me empurrando até o lago.
Até que outro terremoto ocorreu e eu acordei. Eu estava novamente preso
na esfera.
Isso não pode ficar assim.
“Uma ajuda seria útil”
Até que meu desejo se realizou, a pedra da luz, começou a brilhar
faiscante na minha mão, até que iluminou toda a esfera. Neutralizou a briga das
duas pedras, e desmanchou a esfera. Por um milagre. Richard e Melody caíram
exaustas no chão, do jeito que sempre foram.
Me apressei e peguei as duas pedras caídas, e, depois de me transformar
em humano, guardei a da luz no bolso esquerdo, e a das trevas no direito,
separando-as.
-Arf, arf... – falei ofegante.
Olhei ao redor. Mariana e Blanorcana estavam me encarando, bem próximas
ao local que a esfera ocupava, que ficou marcado no chão. O chão, antes
prateado com lajotas azuis, ficou azul-marinho.
Então elas me libertaram também. Eu tenho que lembrar de agradecer mais
tarde.
Tentei me levantar, mas alguma coisa aconteceu. E eu cai com tudo no
chão, desmaiado.
...
-Ai... Minha cabeça... – eu murmurei me levantando.
Eu havia desmaiado por algum motivo desconhecido, e havia acordado em um
quarto estranho. Me levantei do chão duro e, inesperadamente, quente e me
dirigi para a frente. Eu ainda estava dentro do covil de Grandark. Mas, em uma
parte que eu não havia visto. Era como, uma sala de jantar. Um enorme
candelabro branco e brilhante brilhava acima de mim.
-O quê eu perdi? – me perguntei.
Foi aí, que lembrei tudo que estava acontecendo. Adrian , Mariana, Blanorcana,
Melody, Richard. Todos deveriam
estar correndo perigo.
Comecei a andar pela grande sala. Eu passava por uma enorme mesa, que
parecia me seguir de tão comprida que era. Ela era branca, com falhas no lado
que a fazia parecer meio velha.
Eu andei até chegar a uma pequena porta. Estiquei a mão para pegar a
maçaneta quando ouvi uma voz atrás de mim.
“Mais essa agora.”
Me virei devagar e um longo murmúrio saiu de minha boca.
-V-você... Não tinha... Morrido? – perguntei amedrontado.
Grandark. Ele estava parado, me observando, me analisando.
-Você... Não deveria ter vindo aqui...
-Na verdade, é você que não me deixa sair. – respondi.
Eu queria ter filmado essa!
-Você vai pagar por sua insolência! – ele uivou.
“Eu esqueci que ele era metade lobisomem...”
De repente outra imagem veio a minha mente. Um arco. E um cajado. Ambos
dourados, brilhando sem parar.
Sacudi a cabeça e me concentrei na vida real.
“Não é hora para ver imagens vindas do além!”
Quando me liguei no mundo real, percebi o que é “cair de cabeça na dura
realidade”. Grandark havia corrido até mim. Me pegado, e me jogado com força
contra o chão de concreto sólido.
-Argh. – murmurei silenciosamente.
Me levantei atordoado e tentei falar com ele, mas ele me atacou de novo
com suas garras.
Eu gritei de dor e corri até a primeira porta que vi. Eu me transformei e
taquei fogo em Grandark.
Ele mal sofreu dano, mas foi o suficiente para eu poder fugir
por enquanto. Saí correndo pelos corredores, com inúmeras portas e outros
corredores. Eu tinha que admitir, era um covil bem grande. Dava para abrigar um
exército lá dentro.
Mas, abrigar um exército é a função dele mesmo, então não devo ficar
muito animado.
“Será que ele estava me seguindo?” pensei virando para trás.
Nada. Só o corredor. Mais nada nem ninguém.
Comecei a andar, cuidadosamente. A lâmpada dava um brilho na parede
cinzenta de pedra. Minha sombra andava ao meu lado.
“Eu preciso de luz do sol” pensei em voz alta.
Então ao virar para o lado, dei de cara com um rosto conhecido.
-Oi. – a pessoa respondeu com um tom de voz alegre e dócil.
Depois de um tempo, reparei que era a Mariana afinal de contas. Um dos
corredores estava com uma lâmpada queimada, então escondia seu rosto.
Mas nada que olhos de dragão não consigam ver.
-Cadê os outros? O quê aconteceu? – perguntei.
-Você desmaiou. Certo? Então logo após isso, Richard e Melody acordaram
por um segundo, e tentaram ajudar na luta contra Snape e Lief. – ela explicou.
– Mas estavam fracas, e caíram no primeiro golpe.
-Então você, Blanorcana e Adrian ficaram sozinhos? Contra os dois? –
perguntei interrompendo-a.
-Não exatamente. O Grandark também chegou. Usei um truque élfico de
ilusão para mantê-los ocupados, enquanto levávamos vocês para longe. O jeito
era nos separar. Acho que Grandark teve a mesma ideia. Enfim, Grandark ativou
um mecanismo, que transformou a base num labirinto cheio de corredores e
portas.
-Isso explica...
-E nos perdemos. Mas agora que achei você, posso mandar um sinal para os
outros nos buscarem. Eles acharam a saída.
-E as pedras? – perguntei ansioso.
-Estão conosco. – ela falou pegando um walkie-talkie do bolso.
-Grandark esta me seguindo. – falei com tudo.
-O QUÊ?! – ela gritou assustada. – DEVIA TER AVISADO ASSIM QUE ME VIU! –
ela brigou.
Ela pegou meu braço e me guiou pelos corredores, até achar uma porta
azul. Ao abri-la, senti um vento frio circulando na sala. Devia ser um tipo de
freezer.
-Rápido! – ela falou indicando para entrar.
Entramos silenciosos e ela trancou a porta.
-É a única sala com tranca daqui. – ela explicou.
Estava muito frio, assim como todos os itens lá dentro. Havia diversas
carnes, peixes, até pães congelados.
“Isso é um freezer-geladeira!”
É minhas ideias pra nome não são boas...
-Eu vou avisá-los! – ela falou segurando o walkie-talkie perto a boca e
ao ouvido. – Alguém na escuta? – ela perguntou.
Eu não ouvia claramente, só um zumbido cheio de estática. Aquele barulho
me dava dor de cabeça! Deitei no chão ainda tonto e olhei para cima. O teto
estava coberto de gelo.
“O quê era aquilo?” perguntei a mim mesmo ao ver uma coisa de metal no
teto.
Forcei a vista e vi uma abertura. Devia ser o lugar por onde o
ar-condicionado entrava.
Minhas expectativas diminuíram.
“Deve ser puro gelo lá dentro”
-Selion! – Mariana chamou.
Me levantei e fui até ela.
-E aí? Conseguiu? – perguntei ansioso.
-Claro que sim. Eles me deram coordenadas que anotei na minha mão – ela
falou mostrando a mão suja de caneta – , só temos que seguir e estaremos
livres!
-E Grandark? – perguntei.
Ela parou por um instante e fechou os olhos como se tentasse ouvir alguma
coisa. Seu cabelo cobriu um de seus olhos nessa hora.
-Ele não está por perto, vamos! – ela apressou abrindo a porta.
Passamos por ela. Estava um bafo tão quente lá fora, como se estivéssemos
em um deserto. Mariana me guiou pelos corredores escuros, silenciosamente. Não
abrimos a boca nem para respirar.
Corremos até uma grande porta azul. E entramos.
-Que lugar é esse? – falei admirando o local.
Era uma grande sala de estar. Cheia de sofás confortáveis, mesinhas de
centro. E na parede central, havia uma enorme televisão. Havia também uma
cozinha na esquerda, com a aparência de um bar. E em alguns banquinhos, estavam
sentados Melody,Richard, Blanorcana e Adrian. Numa linha reta.
-Selion? – Melody perguntou ao me ver.
-Oi. – falei andando até eles.
-Como chegaram tão rápido? – Adrian perguntou.
-Pegamos um atalho. – Mariana respondeu sorridente.
“Um atalho!? Todo aquele trajeto longo foi um atalho!?”
Ninguém merece.
-Podemos ir agora. – Richard falou se levantando. – E mais uma vez, me
desculpem por ter atacado vocês pessoal. – ela pediu sem graça.
-Está tudo bem, foi a pedra das trevas. Você não teve culpa. – expliquei.
Melody nos guiou até um corredor com luzes vermelhas. E então saímos
correndo até a única porta que havia, no final do corredor.
Fui na frente e estiquei a mão para pegar a maçaneta. Até que alguém
chegou e chamou nossa atenção.
-AONDE PENSAM QUE VÃO? – Grandark resmungou.
Lief e Snape nos encaravam atrás dele.
Tudo depois disso foi muito rápido. Grandark e “seu clã” foram em nossa
direção para nos atacar. Então eu abri a porta na maior velocidade possível e
passei por ela. Após todos passarem, fechei a porta e a bloqueei com um galho,
para Grandark não passar.
Todos corremos pelo pântano desesperados.
Estava escuro, deviam ser umas dez da noite.
“Olhe o lado bom, Selion. Você está livre!” pensei otimista.
Mas alguma coisa me incomodava.
“O quê vêm a seguir?”
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
It's a post for birds o/
Lembram do meu pequeno calopsita Tobi? Que era bebê e coisa e tal? Ele pulou na vida gente! Virou um bebê maior *-*
Antes:
Depois:
O que acharam? Comentem plis? *--*
By: ZacPonDuel.
Antes:
Depois:
O que acharam? Comentem plis? *--*
By: ZacPonDuel.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
As pedras de Elementra. Capítulo 19. A união.
19. A União.
Minha cabeça
doía. Eu havia acordado dentro de uma espécie de quarto negro, com paredes
escuras, sem nenhuma janela. Eu estava usando uma camisa de força, que não
durou muito tempo, um pouco de fogo hà desintegrou em poucos segundos.
Eu não tinha
ninguém ao meu lado, só a solidão e a minha sombra.
“Deve ter uma
saída...”
Mal via a hora
de sair dali e chutar o traseiro do Grandark por causa de tudo que ele nos fez
passar.
Minha primeira
reação naquele quarto, foi queimar a camisa de força, a segunda, foi tacar fogo
nas paredes, vai que uma porta secreta aparecia ou sei lá...
O tempo passava,
e passava. Eu havia perdido minha mochila, eu estava sozinho, sem comida, sem
água, num quarto totalmente escuro e fechado a vácuo.
A dúvida era:
“Como se entra num quarto sem saída?”.
O tempo passava,
e passava, eu estava a beira do enlouquecimento, até que uma enorme luz
apareceu na minha frente, fritando meus olhos já acostumados a escuridão.
“Vampiros passam
por isso todo dia?”
Eu ouvi
aplausos, e a luz ficou mais nítida. Era o holograma do Grandark.
-O quê você
quer? – perguntei de mau-humor – JÁ VOU AVISANDO, QUANDO EU SAIR DAQUI, VOCÊ
VAI MORRER!
-Calminha
dragãozinho. – ele retrucou.
Olhei para mim,
eu estava transformado em dragão.
“Se acalme,
Selion.” Repeti para mim mesmo baixinho.
-O quê você
quer? – repeti.
-Olha você aí,
não posso deixá-lo assim, não é minha adorável assistente?
Richard apareceu
ao lado de Grandark.
-RICHARD! –
gritei surpreso.
-Ela não está
linda? – Grandark perguntou.
Ela estava
inteiramente vestida de preto e azul, com uma tiara de asas de morcego na
cabeça, parecia real. Ela estava com um sorriso assustador no rosto. Um sorriso
que dizia “quem será minha próxima vítima?”. Era perturbador.
-R-richard? –
gaguejei.
Não parecia mais
que ela era a mesma pessoa que tinha entrado comigo neste covil infernal. Não
parecia mais ser a Richard que eu conhecia.
Parecia que,
alguém havia tomado conta do corpo de Richard, fazendo-a ficar... Obsoleta. O
corpo dela, ocupado com outra pessoa.
Mas isso era só
na aparência. Eu torcia para que ela estivesse com a mente intacta, fingindo
cooperar com Grandark ou sei lá.
-Quem é este,
meu lorde? – Richard perguntou.
-Você não o
conhece. Por pouco tempo. – Grandark explicou. – Ele se chama Selion. Ele é
o... como posso dizer?
-É o...? –
perguntei.
Sério, ele devia
passar num psicólogo.
-É o nosso maior
inimigo. O “ser divino”. Sua missão, é destruí-lo. Entendeu? – Grandark
continuou.
-Como assim o “ser
divino”? – estranhei.
-Você não sabe?
Que bom, agora tenho um segredo seu que nem você sabe. Isso vai ser...
Divertido. – Grandark zombou.
-Você têm algum
problema mental? Conheço um ótimo hospital psiquiátrico lá no Peru. Você devia
ir lá.
-Não zombe de
meu lorde! – Richard retrucou.
-Quem vai me
impedir?
Ouvi engrenagens
se moverem. E senti uma gota de água caindo em cima de meu cabelo.
-Mas... o
quê...? – perguntei olhando para cima.
Havia uma
espécie de leão olhando para mim, babando.
“Mais essa
agora.”
-Você conhece o
Klutzy? – Grandark perguntou sorrindo.
-Se você não se
comportar, ele será seu novo colega de quarto. – Richard completou.
-Podem colocar.
Ele vai ser meu almoço, eu estou com fome mesmo.
-Hoho... –
Grandark riu. – Esse não é o tipo de leão que você pode derrotar. Tentei dar
uma outra olhada para ele.
Olhei para cima.
O leão havia arrancado uma parte de seu rosto. E em vez de carne, músculos,
ossos, esse leão, tinha uma espécie de brilho verde.
-Esse leão é
feito de pura energia da pedra dos ventos. – Grandark explicou.
-P-pedra dos
ventos? – gaguejei.
Grandark
levantou as mãos, e me mostrou uma pedra verde cintilante.
-Onde você...?
-É confidencial.
– Richard interrompeu.
-Claro que é...
– resmunguei.
O teto se fechou.
“Então é de lá
que eu vim.”
Interessante.
O holograma de
Grandark e de Richard se desfez, e o Polar apareceu logo depois para me fazer
companhia.
-O quê você
quer?
-Vim trazer
noticias de Melody. – Polar falou entregando um bilhete. – Comparada com a
masmorra dela, a sua é tão tranquila...
Ele desapareceu
logo após isso.
Desdobrei o
bilhete e o li em voz alta.
-“Selion, vim
lhe avisar que todos nós estamos trancafiados em celas diferentes, equipadas
para nos prender por um bom tempo. Então não espere um resgate tão cedo. Outra
coisa que vim dizer é: Grandark me avisou que vai mandar Richard ir aí atrás de
você daqui a uma hora, então não fique parado, tente fugir...”.
O final estava
queimado. Alguém havia tacado fogo nas últimas palavras de Melody. Não me
importei, o que estava ali era suficiente.
-Então vai vir
atrás de mim é...? Gostei da idéia.
Eu já sabia como
sair daquela sala “fechada a vácuo”. Só precisa de um “pouquinho” de tempo.
Me transformei
em dragão e voei para o teto. Bati de leve no teto, como se fosse uma porta. Um
longo som de eco apareceu acima de mim.
Me lembrei do
leão de Grandark. Com certeza era um holograma, dos bem fajutos por sinal.
Grandark podia
até estar com a pedra do ar. Mas com certeza não sabe usá-la, disso tenho certeza.
-Vamos lá,
Selion. – falei respirando fundo.
Peguei impulso e
me atirei em direção ao teto.
Cai com tudo no
chão.
-Ai... – falei
coçando a cabeça. – Pensava que minha pele de dragão era mais dura.
Outro clarão
ofuscou meus olhos. Já estava preparado para xingar o Grandark quando senti
algo felpudo na minha mão.
-O quê? –
perguntei.
Snowy. Ele
estava lá, segurando alguma coisa com a boca.
-Como você e o
Polar fazem isso? Eu preciso saber! – implorei.
Snowy me olhou
com uma cara estranha.
-Aé, não fala...
Peguei o objeto
da boca de Snowy e sentei no chão para analisar.
-Luz por favor?
Snowy sentou ao
meu lado e ficou quieto. Ele parecia com sono.
Joguei fogo para
cima, e uma luz laranja e brilhante cobriu o lugar. Era a pedra da luz. Era
isso que o Snowy havia trazido para mim. Mas para quê? Eu não sabia usar
aquilo.
Levantei e
apontei a pedra para uma das paredes.
Adivinha o quê
aconteceu. Nada, nadinha mesmo. Nem luz saía daquela pedra, o que fazia eu
duvidar do nome dela.
Encarei Snowy.
Depois encarei a pedra. Quando fui olhar para Snowy de novo, ele não estava
mais lá.
-Me leva com
você!
Deitei de bruços
no chão e pensei quando Richard viria.
Talvez a pedra
servisse para ajudar a lutar. Ou não.
Nem deu tempo
para pensar direito que o teto se abriu. Richard havia chegado?
“O tempo passa
rápido mesmo.”
Me levantei e me
preparei para lutar. Ninguém apareceu, eu só ouviu um sussurro.
Selion! Ei! Olha eu aqui!
-Quem está aí? –
perguntei alerta.
-Sou eu!
Mariana! Venha. – ela sussurrou.
“Mariana?”
Pensei lembrando que ela havia sumido de uma hora para outra.
-Onde você foi?
– perguntei enquanto voava em sua direção.
-Agora não dá
para explicar! O tempo está se esgotando, vamos! Rápido! – ela me apressou
abrindo uma porta no meio da grade que separava a sala do mundo lá fora.
“Enfim
liberdade.”
Você não sabe o quê é liberdade...
-Disse alguma
coisa, Mariana? – perguntei confuso.
-Ãn? A última
vez que falei foi quando disse para você se apressar. – ela respondeu subindo
em uma escada. – A escada está bamba, tome cuidado.
“Se ela não
disse aquilo...”
Eu devia estar
ouvindo coisas, isso sim. Deve ser efeito do quarto de tortura do Grandark. Eu
espero.
Eu e Mariana
subimos a escada com cuidado. Depois da pequena subida, eu podia ver mais
algumas portas. Algumas com paredes ao redor transparentes, outras coloridas.
Se via de tudo ali.
Um lugar me
chamou a atenção. Uma sala com paredes transparentes e com uma porta de metal.
Adivinha o quê
tinha lá? Uma menina de cabelos negros e pontas roxas, gritando, grudada no
teto.
-Olha lá, a
Melody! – gritei.
Corremos até lá
e Mariana abriu a porta com uma chave escura.
O chão da sala
estava coberta de aranhas. Os gritos de Melody eram tão agudos que faziam meus
ouvidos doerem. O eco da sala ajudava nisso.
-Acho que ela
tem medo de aranha... – Mariana suspirou.
Taquei fogos nas
aranhas, matando-as e ajudei Melody a descer.
-O-obrigada. –
ela falou com nojo dos pequenos insetos. – Como era sua prisão?
-Um quarto preto
fechado a vácuo.
Melody me olhou
brava.
“Não olha pra
mim, foi idéia do Grandark.”
-Temos que
salvar os outros. – Melody suspirou.
-Eu faço isso,
vocês vão atrás do Grandark. – Mariana falou correndo para o sul.
-O.K. Agora é
conosco Melody. Alguma sugestão? – perguntei.
-Não, mas ela
deve ter. – Melody apontou.
Olhei para trás.
Richard estava lá. Brava e furiosa, como se fosse explodir. Mal pude dizer
alguma coisa que ela veio em minha direção e me atacou.
-MELODY! –
gritei desviando de seus ataques.
Melody deu um
soco nas costas de Richard e ela caiu no chão desarmada.
-Fraqueza dela.
Vamos, não temos muito tempo! – Melody gritou.
Richard estava
começando a se levantar. Eu e Melody corremos o mais rápido que conseguimos.
Richard começou
a correr atrás de mim novamente.
Porque ela não
me dá um tempo e corre atrás da Melody?
Eu e Melody nos
deparamos com uma bifurcação. Não conseguíamos ver Richard, então seguimos pela
direita e demos logo de cara com uma porta. Melody a abriu com cuidado e eu
entrei. Adivinha o quê tinha lá?
Um quarto. Com
uma ponte que levava a uma cama com alguém dormindo. Melody e eu pisamos na
ponte com cuidado. Era bem firme. Olhei abaixo dela. Um rio, com águas claras,
e corria livremente.
Atravessamos com
cuidado a ponte, e quando chegamos do outro lado vimos Grandark roncando em
cima da cama toda bagunçada.
O cobertor
estava no chão, o travesseiro estava dobrado, o lençol embolado...
-Vamos procurar
as pedras. – sussurrei.
Comecei a abrir
cuidadosamente todas as gavetas. Depois retirei todo o conteúdo na busca pelas
pedras.
Senti algo atrás
de mim.
-O quê você quer
Melody? – sussurrei.
Não obtive
resposta. Me virei.
Grandark estava
na sua forma de lobisomem, me encarando.
Me preparei para
atacar mas algo me interrompeu.
Os olhos de
Grandark. Eles estavam fechados. Melody se aproximou de mim.
-Ele é
sonâmbulo. – ela disse em meu ouvido e depois voltou a sua busca.
Não liguei para
Grandark e voltei a procurar. Não obtive resultado. Só achei um monte de
tralhas, como cartas, lápis, papel, roupas, etc. Mas nem sinal da pedra da
escuridão ou do vento.
Me abaixei e
abri uma portinha. Havia um molde lá, com espaço para as seis pedras. Mas
nenhuma estava lá. Senti alguém me cutucar.
Uma dor imensa
percorreu meu corpo. Olhei para trás. Grandark estava 100% acordado, e ele
estava me atacando com suas garras.
-ARGH! – gritei
dolorido.
Melody chegou
por trás dele e bateu em sua cabeça com um cajado. Me afastei de Grandark e fui
para perto de Melody.
-COMO ESCAPOU? –
ele gritou.
-Seu calabouço é
uma porcaria sabia? E a comida é nota 4. – brinquei.
-Grrr... – ele
grunhiu.
-Selion, corre
que eu cuido dele. – Melody mandou.
-Nem vem – falei
pegando meu arco e flecha – eu também quero “brincar”.
-Selion, não é
hora para isso, vai AGORA! – ela ordenou.
Me afastei e
atravessei a ponte.
-Arkina! –
Melody conjurou.
Uma das pontas
da ponte se quebrou, e pouco a pouco, a ponte caiu no rio. Os olhos de Melody
brilhavam. Essa batalha era dela, agora eu conseguia ver isso.
Saí do quarto
apressadamente e dei de cara com Mariana e Adrian.
-Cadê a
Blanorcana? – perguntei.
-Selion... Eu...
– Adrian falou com medo.
Eu o encarei.
Pela cara dele, dava para ver que ele estava suando, e muito por sinal, mas se
secou com seus poderes aquáticos.
-Ela... Foi pega
pela Richard. – Mariana completou triste.
Mais essa agora.
-Cadê a Melody?
– Mariana perguntou cortando o silêncio.
-Lutando contra
Grandark. A luta é dela, não se metam por favor. – expliquei.
Comecei a andar.
-Para onde vai?
– Adrian perguntou.
-Salvar uma
amiga.
Andei mais
rápido. Adrian e Mariana foram atrás de mim. Logo, logo cheguei ao lugar por
onde começamos. E adivinha quem estava lá? Richard e Blanorcana (presa numa
esfera azul).
-Chegaram minhas
presas. – Richard riu.
-Olha, se quer
lutar, vamos lutar, mas deixe meu amigos em paz! – reclamei.
-Não é assim que
funciona comigo. – Richard explicou estalando os dedos.
Duas feras azuis
saíram de sei lá onde e nos encararam.
-Já conheceram
meus amiguinhos?
Eram como tigres
dente de sabre, mas tinham asas e chifres. Eles erradiavam uma substância azul.
Só havia uma explicação. A pedra do vento.
Adrian ficou um
pouco amedrontado, diferente de Mariana, que parecia ter tudo sob controle.
Mariana
assobiou. E as feras raivosas, pareciam que ficaram mais calmas.
-Bom trabalho. –
falei gratificante.
Ela não
respondeu. Só sorriu e chegou perto dos monstros, acariciando-os.
Os monstros
azuis se voltaram contra Richard e rosnaram.
Richard levantou
a pedra do vento num movimento rápido, e eles foram reduzidos a pó.
O sorriso de
Mariana desapareceu.
-Richard, nós
não queremos brigar com você. – Mariana explicou.
-Que dó. – ela
falou descendo de cima da esfera azul onde Blanorcana se encontrava presa. –
Mas eu quero brigar com você.
Richard correu
até Mariana e fez uma chave de braço nela. Mariana gritou.
Adrian, num
reflexo, atirou água contra a Richard, sem muito efeito. Corri até Richard e a
atirei longe. Mas Richard aproveitou o espaço e se lançou contra mim. Mariana
se recuperou e correu para me ajudar. Adrian tentou soltar Blanorcana.
Eu lutava para
tirar Richard de cima de mim. Ela não parava de me soquear e chutar. Era
estranho ela não usar seus poderes contra mim.
Tentei me
esquivar o máximo que podia, eu não iria conseguir bater em uma amiga.
Richard
continuava atacando e atacando, até que uma hora, para minha felicidade, ela se
cansou.
Ofegante,
Richard pegou a pedra dos ventos, que começou a brilhar e cintilar, e ameaçou
fincar ela em mim.
E foi isso que
ela fez, porém, a pedra da luz saiu do meu bolso e se chocou contra a do vento,
causando uma explosão que arremessou Richard até a parede.
Neste exato
momento, Adrian libertou Blanorcana, que foi asfixiada dentro da esfera azul.
Adrian a levou até Mariana, que também foi atingida durante a explosão.
Me levantei e
segurei a pedra com força. Minhas escamas de dragão brilhavam.
-Não é mais tão
poderosa assim, não é? – gritei para ela.
Não houve
resposta. Tudo havia ficado silencioso. Eu não avistava Richard.
-Droga. –
resmunguei.
De repente, tudo
ficou mais escuro. E houve uma grande explosão vindo da direção do quarto de
Grandark.
-Melody...
N-não... – falei em tom triste.
Eu tentava não
pensar nisso. Mas o que havia acontecido era inevitável. Ela realmente se
sacrificou por nós.
-Seu
sacrifício... Não vai ser em vão! – Adrian falou confiante atrás de mim.
Aquelas
palavras...
De um momento
para o outro, tudo ficou branco. Um enorme clarão me atingiu. A visão era toda
embaçada, eu só conseguia enxergar uma grande luz branca, cinco sombras, e uma
“coisa” quadrada.
Você terá que fazer o sacrifício! Por todos nós.
M-mas... Eu não estou pronto para isso...
Nós sabemos que você fará a coisa certa!
Estaremos com você. Seu sacrifício não será em vão.
E então eu ouvi
outra enorme explosão, e o clarão se dissipou, a última coisa que vi foi um
rosto. Um rosto de uma pessoa com cabelos negros e olhos prateados. Esse rosto,
não me parecia ser estranho.
Quando consegui
ver tudo claramente de novo, vi vários fios na minha frente.
-O quê é isso? –
falei aproximando uma das minhas garras até um dos fios.
-NÃO! – alguém
gritou atrás de mim.
Era Mariana.
Ela, Adrian, e Blanorcana estavam cercados de fios prateados, vermelhos e
verdes.
-O quê é isso?!
– repeti.
-Richard. –
Blanorcana explicou.
Olhei para
frente. Richard estava segurando a pedra dos ventos. Os fios saíam cintilantes
da pequena pedra coberta por uma força de luz estranha.
-O quê pretende
fazer com isso? – perguntei para ela.
-Toque em um dos
fios e descubra. – ela provocou.
Armadilha.
Estava na cara. Mal pude pensar no que havia acontecido, sobre o clarão e coisa
e tal. Meus amigos precisavam de mim.
Estiquei um
pouco minhas asas, e voei cuidadosamente para cima. Toquei em dois fios no
caminho, mas nada aconteceu.
Poucos segundos
depois eu estava livre. Mas, alguma coisa me puxou para baixo com força. Quando
abri os olhos novamente, estava sendo empurrado para baixo, no chão sólido. O
piso havia rachado com minha queda.
-É hora da
vingança! – uma voz estranha gritou de algum lugar.
Fiz força para
virar a cabeça, e vi Melody. Mas ela estava diferente. Seu cabelo estava
inteiramente preto, sua roupa era vermelha e preta, e uma força sombria
circulava seu corpo. Igual a Richard.
-V-você! –
Richard gaguejou.
Melody empunhava
a pedra da escuridão.
-Vamos ver quem
é a mais maligna entre nós duas! – ela falou fazendo um feitiço que dissipou os
fios. Todos nós nos afastamos.
A coisa ia ficar
feia.
Melody ia cuidar
da Richard por um tempo. Aproveitamos o tempo para ver se Blanorcana estava
bem. Olhei para o lado. Richard e Melody se encaravam bravas.
Acho que estão
esperando alguém fazer o primeiro movimento.
Nos escondemos
rapidamente e, enquanto Mariana dava uma olhada em Blanorcana, eu e Adrian
olhávamos para Richard e Melody, que por sinal estavam erradiando muito mais
magia negra. A coisa ia ficar muito feia.
-O quê está
esperando? – Melody gritou. – VENHA ME ENFRENTAR!
-Como quiser. –
Richard respondeu correndo como o vento, empunhando numa mão seu leque, e na
outra a pedra do vento.
No meio do
caminho ela se virou bruscamente, e foi em nossa direção.
Automaticamente
me transformei em dragão e atirei fogo nela. Porém, não adiantou.
-Isso fica
comigo. – ela disse fazendo um movimento com o leque.
A pedra da luz
voou da minha mão para o bolso dela. Ela trocou a do vento pela da luz e então
se voltou contra Melody.
Eu fiquei
olhando para minha mão, perplexo.
Eu tinha vontade
de ir lá e arrancar todas as pedras delas, mas eu tenho certeza que eu não
conseguiria isso.
Adrian formou um
escudo de água ao nosso redor.
-De onde veio
essa água? – Mariana perguntou.
-Do cano d’água
em baixo de seus pés.
Ouvimos um leve
rangido.
-Seu idiota. –
Blanorcana murmurou.
O chão fez um
chiado irritante e então, uma poça de água começou a se formar no chão.
A gente se
distraiu tanto com a água do Adrian que acabamos esquecendo de olhar a luta.
Quando ergui a
cabeça, vi uma enorme esfera cercar Melody e Richard.
-Pessoal...
Vejam isso.
Adrian e Mariana
olharam. A essa altura, Blanorcana já estava consciente.
-Elas... Pararam
de lutar. Parecem que estão presas no tempo ou algo parecido. – Mariana
explicou.
Olhei bem para a
grande esfera negra e branca ao mesmo tempo. Eu via Melody e Richard paradas lá
dentro. Melody estava quase fincando uma espada no pescoço de Richard, e
Richard estava quase enfiando seu leque no meio do pescoço de Melody. E no meio
delas, duas coisas estavam voando e se batendo no ar.
As duas pedras
de Elementra.
-Pessoal... Eu
lembrei de uma coisa... – Mariana falou olhando para a esfera.
-Que coisa? –
perguntei.
-Snape e Lief
também estão no Grand Destruction.
-E daí? –
Blanorcana disse coçando a cabeça.
-Eles estão
aqui. – ela falou se virando para mim.
Olhei para a
porta. Duas sombras estavam nos encarando.
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